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Melisa Eliana Gonzalez Santa Maria

COLUNA: Como a brasilidade está reescrevendo a tradição do Natal – Por Melissa Gonzalez Santa Maria

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Por Melisa Eliana Gonzalez Santa Maria
Consultora de comunicação e branding corporativo. Especialista em estratégia de marca e posicionamento.
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/gsm-melisaeliana/

O Natal ou há poucos dias, mas ainda é tema de conversas e reflexões. As luzes piscam, meio esquecidas, e os resquícios de celebração se misturam ao cotidiano que lentamente volta ao normal.

Neste cenário de celebrações, algumas cidades brasileiras decidiram reinventar a figura do Papai Noel, trazendo um toque de brasilidade que transforma e atualiza uma tradição global. Em Balneário Camboriú, o Papai Noel trocou o vermelho pelo verde, dourado e branco — um traje que dividiu opiniões, mas que também convidou a pensar sobre identidade local. Já em Florianópolis e Imbituba, a figura do “bom velhinho” apareceu com roupas de praia, Havaianas e uma prancha de surfe, dialogando com o calor e o estilo de vida do litoral brasileiro.

Imagens ilustrativas

De onde veio o vermelho que aprendemos a amar no Natal? Antes da Coca-Cola, o Papai Noel era um personagem mutante, vestindo cores que iam do azul ao verde, dependendo do humor ou da cultura local. Foi a genialidade do marketing (na época o branding ainda não era reconhecido como disciplina) que transformou um ícone disperso em uma unanimidade: roupas vermelhas, barba branca e uma sacola mágica de presentes. O Papai Noel que conhecemos foi moldado para simbolizar não apenas o Natal, mas também a alegria e, claro, a refrescância de um refrigerante.

Imagem ilustrativa da Coca-Cola

No entanto, cidades como Balneário Camboriú, Florianópolis e Imbituba mostram que símbolos globais podem ser reinterpretados para refletir valores e contextos locais. Em Camboriú, as cores verde, dourado e branco parecem transmitir prosperidade, exclusividade e um toque de brasilidade. Já o Papai Noel praiano, com Havaianas e prancha, celebra o espírito descontraído e tropical do verão brasileiro. Essas adaptações nos convidam a refletir sobre como o Natal pode ser moldado por culturas locais sem perder sua essência universal.

Não é incomum que tradições globais sejam adaptadas a diferentes contextos culturais. Camboriú, ao seguir esse caminho, talvez tenha ecoado uma estratégia semelhante à da Coca-Cola décadas atrás, que transformou o Papai Noel em algo ao mesmo tempo universal e marcadamente seu. Aqui, a brasilidade aparece como um diferencial competitivo: uma maneira de destacar o Natal de forma única e alinhada às particularidades regionais.

Alguns chamaram essas mudanças de afronta à tradição. Outros, de estratégias de branding. Mas, seja em Camboriú, Florianópolis ou Imbituba, o que essas cidades mostram é que a brasilidade pode ser uma força criativa poderosa, capaz de reescrever tradições sem abandoná-las. Quem sabe, no futuro, outras cidades — ou marcas — também encontrem novas maneiras de vestir o “bom velhinho”, com criatividade, autenticidade e um toque local.

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Melisa Eliana Gonzalez Santa Maria
Consultora de comunicação e branding corporativo. Especialista em estratégia de marca e posicionamento

COLUNA: Como a brasilidade está reescrevendo a tradição do Natal - Por Melissa Gonzalez Santa Maria

Opinião:
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal AHora

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