O que é a fé? Na tradução literal, fé significa acreditar num Deus Superior. Em uma tradução empírica – conhecimento após a experiência – pressupõe acreditar em algo que mude sua vida, seja no sentido psicológico, supersticioso, científico ou religioso. Simplesmente, acreditar. Céticos acreditam na ciência. Religiosos acreditam em Deus ou deuses. Crianças acreditam em Papai Noel e adolescentes acreditam que podemos viver só de amor – brincadeirinha. Mas o ponto é, por que devemos acreditar em algo?

Com minha mente filosófica e curiosa, refleti sobre isso e, pode-se dizer, que tive um insight muito amplo desta máxima. E um dos principais motivos para que eu aborde este assunto, é em relação a fase que estou vivendo de sensibilidade e espiritualidade, afloradas como nunca. Quem já foi a uma missa, culto ou casa religiosa, vai entender: quando estou em minhas preces, minha mente, meu corpo e minh’alma se arrepiam. E não só quando estou em oração, mas também quando aprendo uma coisa nova ou quando, a partir de uma lógica, tenho uma brilhante ideia que, mais tarde, descubro já ter sido pensada/criada por um filósofo, sociólogo estraga prazeres. Isto é causado pela energia que estava estagnada e movimentamos, ou cientificamente falando, dos neurônios que estavam parados e os colocamos para trabalhar.
Voltando ao assunto – eu adoro ampliar meus horizontes, objetividade pra mim é quase que impossível. Segundo estudos da área de medicina alternativa e científica, nosso corpo é formado por energias positivas, negativas e neutras. Quando vamos a casas de espiritualidade, trabalhamos essas energias e, dependendo da situação que a pessoa esteja ando, as mesmas – tanto negativas quanto positivas – são mais afloradas, gerando assim arrepios, transe, ou qualquer outro tipo de manifestação divina. Por esse motivo, as orações funcionam, quando canalizadas. Porém, para trabalhar de forma saudável essas energias, é necessário que a pessoa estude. E não precisa ser necessariamente na área religiosa, na ciência, química e física também percebemos isso, a partir da reação do cérebro ao descobrir que uma teoria está certa. Para manter um cérebro saudável, é necessário que o exercitemos constantemente, mas independente da crença – no sobrenatural, no divino ou na matéria e ciência – a questão que quero levantar é a crença.

A partir do momento que você acredita em algo, você coloca energia naquilo, através do pensamento. E isso faz com que nos motivemos a ser pessoas melhores, a viver para conhecer ou a descobrir algo… Mas, quando estamos cheios de certezas, sobrecarregamos esta energia, e isso faz com que nos tornemos obcecados. E isso já não é uma coisa tão boa, certo? Afinal, acabamos afastando pessoas por nossa prepotência e por nosso excesso de verdade. Diante disso, é necessário que procuremos – acho que por toda vida – equilibrar sempre, tudo que nos rodeia, desde opiniões, personalidade, crenças, para que ao menos, possamos estar em paz com as pessoas e saber, acima de tudo, a respeitar o tempo e as opiniões de cada pessoa. Além de exercitar, frequentemente nosso cérebro – um cérebro sem exercício, fica mal acostumado e na ‘mesmice’, gerando problemas psicológicos como depressão.

Ninguém é dono da verdade, nem mesmo os maiores filósofos, cientistas, físicos, políticos. Esses estudiosos estão, ainda, em busca da verdade. Mas acreditar em algo faz com que nos motivemos a viver para ver se o que eu acredito é verdadeiro, ou não. E o final não é tão bom quanto o caminho que percorremos em busca da verdade, afinal é do processo que se tiram as melhores histórias para rirmos com os amigos, certo? A partir do momento que a pessoa chega ao final e descobre se é verdadeiro ou não, perde a graça, digamos que seja como o desejo de comer chocolate, cria várias expectativas de como será comer o mesmo e a partir do momento que você consegue usufruir do chocolate, já satisfaz sua vontade, e acaba se tornando indiferente.
Proponho uma reflexão para vocês, leitores. Você acredita em algo? Em algum momento já
duvidou do que você acredita? Até onde vai a sua crença?
P.S.: Se não quiserem enlouquecer como eu,
pensem no geral, se for pegar os mínimos
detalhes, vocês enlouquecem.
Dicas da fisólofa! Rsrs
Sobre a Colunista

Sou Érika dos Reis Bernardes, – oiii – tenho 21 anos e sou uma “fisólofa” – isso mesmo que você leu, não é erro de digitação. Já que não tenho estudo acadêmico a ponto de filosofar como Platão, Aristóteles, entre outros filósofos, prefiro me enquadrar no senso comum de pessoas que dão pitaco em tudo.
Uma ‘jovem adolescente’ que ama estudar seu próprio comportamento e que tem prazer em filosofar sobre a vida. ei boa parte dos meus 21 pensando e aprendendo, principalmente no período em que lutava para me recuperar de um AVC ocorrido, em 2012, assim que cheguei a Imbituba, na escola. Que me acarretou em graves limitações físicas. Tive complicações como hidrocefalia e durante anos precisei reaprender a andar e a falar.
Nas colunas abordo assuntos que mexem com a cabeça de qualquer adulto: A MENTE DE UM ADOLESCENTE E DO JOVEM. Nestes textos que escrevo semanalmente, trago a verdade nua e crua de um adolescente, mas de uma forma mais poética e dramática, típica do universo Teen. Mostro também minha visão de mundo, em relação a questões sócio culturais que nos atingem. Sem defender os jovens, mas também sem ar a mão na cabeça dos adultos.
Sim! Sou uma guria que recém saiu das fraldas que quer dar uma de “sabe tudo” no Portal! Talvez? Quem sabe? Quem sou? Pra onde vou? Quem fui?
À Flor da Pele é, com toda certeza, o sinônimo de adolescência e juventude. Hormônios, vida, arte, drama, rock’n’roll, sexo, teorias, ideologias que explodem na mente e no corpo dos jovens. Como saber lidar com tudo isso? Mostro o quão neutros precisam ser os pais nessa fase. E o quão conhecedores de si mesmos, os jovens precisam ser para ar por essa incrível saga.